Dados do Trabalho

Título

Análise epidemiológica de internações por edema, proteinúria e hipertensão gestacional no ciclo gravídico-puerperal entre 2011 e 2021 no Brasil

Introdução

Os distúrbios potenciais durante a gestação, como o edema, a proteinúria e a hipertensão gestacional (EPHG), são responsáveis por um considerável número de internações no Brasil. Essas condições têm um impacto significativo na saúde da gestante, do feto e do recém-nascido. Portanto, é crucial avaliar os dados epidemiológicos relacionados à saúde materno-fetal, a fim de reduzir internações futuras e direcionar intervenções necessárias para garantir o bem-estar das pacientes durante a gravidez e no período pós-parto.

Métodos

Trata-se de um Estudo Ecológico Descritivo, em que foi observado o caráter epidemiológico de internações pela evolução do quadro de EPHG no ciclo gravídico-puerperal (GP). Nesse contexto, foi observada a morbidade e a prevalência de EPHG no país, considerando critérios como região, faixa etária e raça obtidos do DATASUS/MS. Para isso, calcularam-se as taxas anuais de internações, a fim de comparar as variações entre as regiões Norte (N) e Nordeste (NE) de 2011 a 2021, além de identificar a estrutura etária e étnica predominante da incidência de EPHG no país. A partir dessas taxas, conduziu-se uma análise estatística abrangendo cálculos de regressão linear, inferência estatística, construção de gráficos e teste t de student para (p=0,05).

Resultados

O gráfico 1 mostra a prevalência das internações por EPHG na região NE, enquanto a faixa etária mais afetada é entre 20 e 29 anos em todas as regiões do Brasil. Esse grupo representa 45,51% do total de internações por EPHG no país entre 2011 e 2021, e a etnia parda é a mais afetada, correspondendo a 40,58% das internações. No entanto, o gráfico 2 revela um aumento significativo nas taxas de internações por EPHG da região N, que está em acordo com os coeficientes angulares elevados da regressão e os coeficientes de determinação. Para as regiões N e NE, os coeficientes foram 2,94 (R²=0,91) e 2,03 (R²=0,69), respectivamente, com um nível de significância de p=0,023.

Conclusões

Os resultados obtidos indicam a alta incidência de EPHG no país, preferencialmente na região N, durante o ciclo GP. Nesse sentido, é imprescindível refletir sobre a eficácia das medidas preventivas adotadas no pré-natal, a fim de mitigar a incidência crescente de internações associadas a essas condições.

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