Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE ESPAÇOTEMPORAL DA REALIZAÇÃO DE IMPLANTE DE CARDIOVERSOR DESFIBRILADOR NO BRASIL DE 2017 A 2022

Introdução

A terapia com cardioversor desfibrilador implantável (CDI) é essencial na prevenção de morte súbita. Dessa forma, o procedimento de implante de CDI é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo importante compreender sua distribuição espaçotemporal, a fim de direcionar melhorias na área da saúde. Portanto, o objetivo do presente estudo é descrever temporal e espacialmente os procedimento de implante de CDI realizados pelo SUS no Brasil nos últimos 6 anos.

Métodos

Trata-se de um estudo retrospectivo, quantitativo e descritivo realizado a partir dos dados fornecidos pelo Sistema de Informações Hospitalares do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (SIH/DATASUS), referente ao procedimento de implante de CDI de 2017 a 2022. Os dados foram coletados e tabulados no programa Microsoft Excel 2016. O mapa de distribuição de Autorizações de Internação Hospitalar aprovadas foi desenvolvido no programa QGIS 3.30.3.

Resultados

No período de 2017 a 2022, foram realizados um total de 11007 procedimentos de implante de cardioversor desfibrilador. Nesse mesmo período houve um aumento de 18% no número de implantações de CDI realizados pelo Sistema Único de Saúde no Brasil, com uma pequena diminuição no ano de 2020, esperada por conta da pandemia. O cardioversor desfibrilador mais utilizado foi o de câmara dupla transvenoso, com 6345 implantações nesses 6 anos, seguido pelo multi-sitio transvenoso, com 2863 implantados nesse mesmo período de tempo. Além disso, cerca de 51% dos procedimentos tiveram caráter de urgência. No total, as regiões Sudeste e Sul se destacaram, concentrando, respectivamente, 3.212 (34,1%) e 2.868 (30,5%). Entretanto as regiões Norte e Centro-Oeste demonstraram pequenas parcelas de procedimentos, com 75 (0,8%) e 816 (8,6%), respectivamente.

Conclusões

Destaca-se o aumento progressivo no número de implantes de cardioversor desfibrilador realizados pelo SUS no Brasil nos últimos cinco anos. Os achados reforçam a necessidade de acesso equitativo e oportuno à terapia com CDI, visando atender às demandas da população e garantir a disponibilidade de dispositivos adequados em todo o país.

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