Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS LAGARTO SOBRE SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM CARDIOLOGIA

Introdução

A fim de preservar a vida e prevenir sequelas, o Suporte Básico de Vida (SBV), através de profissionais capacitados, visa dar suporte à vítima de Parada Cardiorrespiratória (PCR). Tal estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento dos estudantes dos cursos de Fisioterapia, Nutrição e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Sergipe - Campus Lagarto, a respeito do SBV.

Métodos

Entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023, realizou-se estudo observacional transversal, através da coleta de dados sociodemográficos e da aplicação de um questionário com 10 questões. O desfecho primário foi definido pelo percentil 75 da nota obtida nas questões entre os 8 cursos ofertados pelo campus (i.e. nota igual ou superior a 80% do questionário). Variáveis contínuas foram descritas como mediana e intervalo interquartil, pela ausência de normalidade da distribuição, e foram comparadas pelo teste U de Mann-Whitney. Para as variáveis categóricas, foi utilizado o teste do qui-quadrado de Pearson. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos.

Resultados

Foram avaliados 17 alunos de Fisioterapia, Nutrição e Terapia Ocupacional. 76,4% dos alunos tiveram um desempenho considerado “ruim” e 23,6% “bom”. Dentre os estudantes com desempenho “bom”, 100% tiveram a disciplina ofertada de maneira “Teórico-Prática”. Embora 84,6% acreditam que cursos extracurriculares são necessários, nenhum destes alunos fez algum curso adicional. Quanto ao questionário, a média de acerto foi de 52%. A maior taxa de acertos (88,2%), foi sobre a sequência correta dos 06 elos da cadeia de sobrevivência em PCR extra-hospitalar. Por outro lado, a menor taxa de acertos (11,8%), foi sobre a medicação indicada para dependentes de opioides, não responsivos, com respiração anormal e pulso presente. Não houve diferença significativa sobre o conhecimento em relação ao sexo, idade, período do curso, realização de cursos extracurriculares, tempo e período que o SBV foi ofertado. Entretanto, houve diferença em relação ao curso (p=0,024), com 100% do desempenho “bom” sendo do curso de fisioterapia.

Conclusões

O desempenho dos estudantes se mostrou deficitário e evidenciou a necessidade de uma educação continuada nos cursos da área da saúde, priorizando a abordagem teórico-prática, que se mostrou mais eficaz. Esses dados podem orientar alterações no currículo acadêmico, como a quantidade de horas ofertadas e a forma mais eficiente de trabalhar tal tema nas universidades.