Dados do Trabalho

Título

Análise epidemiológica da Insuficiência Cardíaca em Sergipe

Introdução

No Brasil, as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte e internação de causas não traumáticas (BRASIL, 2022.) Apesar de nos últimos anos haver avanços em relação ao manejo desses pacientes, a IC ainda é considerada um problema de grande relevância na saúde pública, pois é uma das principais causas de morbidade, mortalidade e má qualidade de vida entre a população em geral (Emmons-Bell 's. 2022).

Métodos

Foi realizado um estudo transversal com dados do DATASUS e sua ferramenta “Tabnet”. Teve como objetivo realizar uma análise epidemiológica da IC no estado de Sergipe nos últimos 5 anos, de janeiro de 2018 a janeiro de 2023.

Resultados

Embora nos anos 1980 tenha-se imergido profundamente no conhecimento sobre a fisiopatologia da Insuficiência Cardíaca (IC), esta condição clínica ainda chama atenção no cenário atual, tendo em vista os seus efeitos no contexto epidemiológico do Estado de Sergipe. Tendo em vista tal relevância, ao explorar-se este âmbito, foi visto que Sergipe apresentou um total de 4129 internações por esta condição, sendo os municípios de Aracaju, Estância, Itabaiana e Lagarto os maiores responsáveis contribuidores para este montante. Do ponto de vista cronológico, notou-se, epidemiologicamente, que o ano de 2022 trouxe os maiores números de casos, chegando a um total de 944 internações no âmbito estadual, seguido dos anos de 2019 e 2018 com 888 e 875 casos registrados, respectivamente. Além disso, vê-se que os homens foram os mais afetados durante todos os anos analisados, representando 56,5% das ocorrências totais. É observado que, a quantidade de internações é diretamente proporcional ao avançar da idade até os 69 anos, tendendo a reduzir após este marco. Nesse contexto, observa-se que a faixa etária mais acometida é compreendida entre 60-69 anos, representando cerca de 24,6% dos indivíduos acometidos. Por fim, percebe-se que, a partir do montante de pacientes supracitados, houve um total de 678 óbitos, logo, nota-se que dentre os pacientes analisados, cerca de 16,4% deles evoluíram para óbito, decorrente do agravo da doença revelando uma média de cerca de 136 óbitos por ano.

Conclusões

Portanto, pode-se concluir que Sergipe possui uma prevalência significativa de internações por Insuficiência Cardíaca, sendo que a maioria dos casos se concentram na população idosa e masculina, sendo os municípios de Aracaju e Itabaiana como os mais acometidos, sendo que 16,4% das internações analisadas evoluíram para óbito.

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