Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR HIPERTENSÃO ESSENCIAL E OUTRAS DOENÇAS HIPERTENSIVAS NO ESTADO DO MARANHÃO DE 2013 A 2022
Introdução
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica não transmissível de etiologia multifatorial caracterizada por níveis pressóricos sistólicos ≥ 140mmHg e/ou diastólicos ≥ 90mmHg. A HAS pode ser essencial, quando não há etiologia específica, e secundária, uma minoria que está associada a doenças de base. Atualmente, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte e hospitalizações em todo o mundo, sendo a HAS associada a uma parcela expressiva desses óbitos, principalmente por lesões em órgãos alvo (LOA). Dessa forma, faz-se primordial entender o perfil epidemiológico dessa patologia.
Métodos
Trata-se de um estudo ecológico, de abordagem quantitativa e qualitativa, com dados de janeiro de 2013 a dezembro de 2022. Foram selecionados pacientes internados no Maranhão por hipertensão essencial ou outras doenças hipertensivas, segundo local de internação. As variáveis ano de processamento, faixa etária, caráter de atendimento e óbitos foram analisadas. A coleta de dados foi realizada através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), hospedado no DATASUS.
Resultados
No período analisado, foram constatadas 104.745 internações no estado do Maranhão, o maior número no Nordeste e segundo maior no Brasil. Houve pouca variação quanto à quantidade de internados no Maranhão entre os anos de 2013 e 2022, sendo a maior observada em 2015, com 11.901 hospitalizados e a menor em 2020, com 8.437, além disso, após essa baixa o número volta a crescer, com 9.841 em 2021 e 10.310 em 2022.
Quanto às faixas etárias, a que mais se destaca é a entre 60 e 69 anos, com 23.197 internações no Maranhão no intervalo avaliado. A partir da faixa de 5 a 9 anos, o número de internados sobe com a idade e, ao chegar no pico de 60 a 69 anos, decresce.
Ademais, 87,49% do total de internações foram caracterizadas como urgências, sendo o restante eletivas. Foram averiguados 695 óbitos de 2013 a 2022, os quais aumentam com o passar da idade, somando 243 em indivíduos de 80 anos ou mais.
Conclusões
O presente estudo verificou uma mínima variação entre os anos de 2013 e 2022 quanto ao alto número de internados por HAS no Maranhão. Esse dado mostra a necessidade de medidas de prevenção e educação para adesão ao tratamento, especialmente nas faixas etárias mais avançadas.
No que diz respeito ao número de óbitos, a maior parte das mortes relacionadas à HAS ocorre por LOA e não pela hipertensão diretamente, o que explica o número relativamente baixo em comparação à expressiva quantidade de internações.
Área
Medicina
Instituições
UFS - Sergipe - Brasil
Autores
Stéfany Lima Prado, Gustavo Henrique de Santana Fontes, Leticia Maria de Araujo Ferreira, Ana Carla Ferreira Silva dos Santos, Bruna de Jesus Prata, Izabela Oliveira Araujo, João Víctor Santos Gomes, Geisy Menezes Nascimento