Dados do Trabalho

Título

O infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST: um estudo comparativo das terapias de reperfusão no Brasil

Introdução

No infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCSST), a ocorrência de eventos clinicamente relevantes é diretamente proporcional ao tempo de início da terapia de reperfusão. Objetivo: Realizar uma análise comparativa a respeito das terapias de reperfusão utilizadas em pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS) e na rede privada.

Métodos

Por meio da base de dados do registro ACCEPT, projeto de documentação do atendimento à síndrome coronariana aguda no Brasil, foram selecionados pacientes atendidos em hospitais participantes, cujos dados foram coletados desde a admissão até a alta. As variáveis qualitativas foram apresentadas por frequências absolutas (número de pacientes) e relativas (porcentagem). Os valores-p, obtidos pelo teste Qui-quadrado, foram descritos até três casas decimais, com nível de significância alfa bicaudal = 0,05.

Resultados

Foram avaliados os procedimentos realizados em 1550 pacientes (Público = 66,4%; Privado = 33,6%) com IAMCSST. Predominou-se a realização de cinecoronariografia (Público = 89,3%; Privado = 94,8%; p <0,001) e angioplastia (Público = 73,6%; Privado = 81,2%; p = 0,001) em ambos os serviços. Ademais, a administração de trombolíticos foi realizada em 21,8% dos pacientes do SUS e 10% da rede privada (p <0,001). Apenas 1,8% do total de pacientes foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio e 16,9% não passaram por nenhuma terapia de reperfusão.

Conclusões

Constatou-se uma diferença estatística significativa na realização de cinecoronariografia, angioplastia e utilização de trombolíticos. Enquanto que o uso de drogas foi maior no SUS, a realização de procedimentos hemodinâmicos predominou na rede privada.

Arquivos