Congresso N-NE de Cardiologia 2023

Dados do Trabalho


Título

IMPLANTE DO MODULADOR DA CONTRATILIDADE CARDÍACA (OPTIMIZER SMART) PARA O TRATAMENTO DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AVANÇADA: OS TRÊS PRIMEIROS IMPLANTES NA AMÉRICA LATINA

Introdução

A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença grave, progressiva, causada por disfunção ventricular, que leva a piora na qualidade e redução da expectativa de vida. Existe um grupo de pacientes (PT) com IC inelegíveis para ressincronização cardíaca e para transplante cardíaco, ou mesmo, PT não responsivos ao ressincronizador cardíaco que podem se beneficiar com a Modulação da Contratilidade Cardíaca (MCC). A MCC é um tratamento eficaz para a IC em PT que permanecem sintomáticos, em terapia médica otimizada e que possuem complexo QRS estreito.

Métodos

Entre dezembro de 2020 e junho de 2021, foram realizados três implantes de MCC. Os três PT eram portadores de terapia de ressincronização cardíaca há 9 anos. Encontravam-se na classe funcional III/IV da NYHA, mesmo com terapia médica otimizada. Todos eram do sexo masculino. A idade variou de 48 a 55 anos, com média de 51 anos. Os PT apresentavam BNP, pré-procedimento, acima de 400 pg/ml e fração de ejeção < 35% ao ecocardiograma, apresentando ainda complexo QRS entre 100 a 116 ms. Encaminhados ao setor de Eletrofisiologia, submetidos à sedação leve, foi deixada a terapia do CR-T em off, realizada uma loja infraclavicular à direita, 2 punções de veia subclávia direita e introdução de 2 eletrodos solia S60 de fixação ativa (Biotronik) e um gerador Optimizer Smart (Impulse Dynamics). Os dois eletrodos foram inseridos na região septal do ventrículo direito em sítios diferentes com distância acima de 2cm, com parâmetros de impedância e sensibilidade nos padrões aceitáveis, sendo programados: 7,5 Volts de energia com 22 ms de largura de pulso. Tempo médio do procedimento realizado foi de 60 minutos.

Resultados

Em 100% dos PT (03), o ato cirúrgico foi realizado com sucesso, não apresentaram dor precordial apesar da alta voltagem da estimulação, não apresentaram deslocamento dos eletrodos, obtendo alta hospitalar após 24 horas do procedimento. No seguimento clínico, houve aumento de fração de ejeção, com melhora da classe funcional para II da NYHA e diminuição significativa no número de internações hospitalares.

Conclusões

A experiência com a MCC mostrou-se positiva, pois apresenta-se como opção segura e eficaz na redução de internações e na melhora expressiva dos sintomas, da capacidade funcional e da qualidade de vida.

Arquivos

Área

Medicina

Instituições

Santa Casa de Misericórdia de Maceió - Alagoas - Brasil, UNIT - Alagoas - Brasil

Autores

Sara Carolline Gomes de Araujo Lima, Alfredo Aurélio Marinho Rosa Filho, Vivian Sthefane Santos Lucena, José Carlos de Souza Neto, Lucas Cavalcante Brandão, Alice Wanderley Rosa, Briane Alcântara Vieira Pasini, Gustavo Santiago, Virgínia Barreto, Fabian Fernandes, Alfredo Aurélio Marinho Rosa, Edvaldo Ferreira Xavier