Dados do Trabalho

Título

RELAÇÃO ENTRE A MORBIDADE HOSPITALAR DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES E O VALOR MÉDIO DAS INTERNAÇÕES DE 2018 A 2022 EM SERGIPE

Introdução

As doenças cardiovasculares correspondem a maior causa de morbimortalidade do mundo e, no Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas apresentam alguma doença desse espectro. Nesse panorama, a morbidade de pacientes cardíacos necessita ser debatida, visto que a internação desses pacientes demanda elevados investimentos, gerando altos custos para o sistema de saúde pública brasileiro. Nesse sentido, é de extrema relevância compreender claramente a relação entre a morbidade hospitalar de pacientes cardíacos e o valor médio da internação, a fim de administrar melhor gastos e enfatizar a necessidade de prevenção desses quadros.

Métodos

Estudo ecológico, com dados secundários, extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis consideradas foram a relação entre a morbidade hospitalar de pacientes com doenças cardiovasculares e o preço médio das internações em Sergipe entre os anos de 2018 e 2022.

Resultados

Com base na análise exploratória dos dados, é possível elencar que no período analisado, houve um total de 18.571 internações por doenças do aparelho circulatório, mostrando um número relativamente próximo dentre os anos de 2018 e 2022. Entre as morbidades, o pico de eventos se deu quanto ao infarto agudo do miocárdio (IAM) (31,9%); seguido de insuficiência cardíaca (21,7%); doenças isquêmicas (13,3%); hipertensão primária (12,3%); arritmias (12%); doença reumática crônica do coração (2,8%) e outras doenças hipertensivas (1,6%). Quando comparado ao valor médio gasto nas internações, a morbidade mais dispendiosa foi a doença reumática crônica do coração, com média de R$ 11.658,77; seguida de doenças isquêmicas (R$ 5.801,22); arritmias (R$ 4.636,32). IAM (R$ 4.395,23); insuficiência cardíaca (R$ 2.022,12); outras doenças hipertensivas (R$ 936,72) e hipertensão primária (R$ 311,94). Outras causas de internação nos pacientes cardíacos de Sergipe corresponderam a 4,1% do total de internações e gastos de R$ 6.908,87.

Conclusões

Segundo o estudo apresentado, entre 2018 e 2022, houve 18.571 internações por doenças relacionadas ao aparelho circulatório. Nesse cenário, a morbidade com maior taxa de ocorrência foi IAM (31,9%) e mais dispendiosa foi a doença reumática do coração, com média de R$ 11.658,77. Assim, é evidente a urgência de uma atenção especial e focada tanto na assistência ao paciente, como no direcionamento de verbas e gestão pública, no que tange às doenças cardiovasculares, em Sergipe.