Dados do Trabalho

Título

PERFIL DE INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO ESTADO DA BAHIA: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 2013 A 2022

Introdução

A insuficiência cardíaca (IC) se caracteriza como uma síndrome em que o coração é incapaz de garantir um débito cardíaco suficiente que atenda adequadamente às necessidades de órgãos e tecidos. A IC é reconhecidamente grave problema de saúde pública, devido a seus altos índices de morbimortalidade. Fatores como falta de acesso adequado a serviços de saúde, diagnóstico tardio, e dificuldades de adesão à terapia, têm contribuído para elevadas taxas de internação no Brasil, sobretudo na Bahia. Dessa forma, este estudo tem por objetivo analisar o perfil de internações por IC no estado da Bahia durante o período de 2013 a 2022.

Métodos

Estudo ecológico e descritivo, baseado em informações disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde para CID 10 CI50: insuficiência cardíaca no estado da Bahia. A análise descritiva foi aplicada para o período de 2013 a 2022. As variáveis total de notificações por macrorregião de saúde, ano, sexo, raça/cor autodeclarada e faixa etária.

Resultados

Com base nos dados coletados, no período estudado ,foram notificadas no Sistema Único de Saúde 151.173 internações de indivíduos com insuficiência cardíaca na Bahia, sendo o ano de 2013 o detentor do maior número de internações com 18.690 (12,36%). De acordo com a divisão de macrorregiões de saúde, a maior parte dessas internações se concentrou no leste - (nrs - salvador) (25,08%). Observou-se maior frequência de internações pelos indivíduos de cor/raça parda (54,71%). A respeito do sexo, houve um predominância pelo sexo masculino apresentando nesse período um total de 78.972 (52,23%). Em exclusiva análise de faixa etária, a faixa de indivíduos de 70 a 79 anos se apresentou como os detentores da maioria de internações no período representado (23,61%).

Conclusões

Este estudo evidenciou que a IC é um importante agravo em saúde para o estado da Bahia, que tem repercutido em hospitalizações especialmente em indivíduos do sexo masculino, achado que pode estar atrelado a fatores como dificuldade desse grupo a busca por serviços de saúde e menor adesão à terapia quando comparados ao sexo feminino, sendo a faixa etária majoritária a de 70 a 79 anos. Dessa forma, estratégias em saúde voltadas para o rastreio precoce da IC, para redução dos fatores de risco e para adesão adequada ao tratamento farmacológico e não farmacológico devem ser mitigadas, a fim de reduzir as hospitalizações e mortalidade por essa condição.