Dados do Trabalho

Título

Panorama epidemiológico da morbimortalidade por doenças do aparelho circulatório no Recôncavo da Bahia.

Introdução

As doenças do aparelho circulatório, também conhecidas como doenças cardiovasculares, são um dos principais fatores que contribuem para a morbimortalidade em todo o mundo. Esse trabalho objetiva-se Descrever a diferença entre os registros hospitalares referentes a doenças do aparelho circulatório antes e durante a pandemia por COVID 19 na região de saúde de Santo Antônio de Jesus - BA e Cruz das Almas - BA.

Métodos

Trata-se de um estudo descritivo, realizado a partir do levantamento de informações do censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Para análise de dados, realizou-se o registro de valores absolutos referentes a Autorização de Internamentos Hospitalares (AIH), quantidade de internamentos e o cálculo de coeficiente de mortalidade por doenças do aparelho circulatório. O levantamento dos dados considerou o local de internação, relativos às Regiões de Saúde assistidas pelo serviço de clínica médica do Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus. Para realizar comparação foi definido como período Pré-pandêmico - de julho de 2018 a março de 2020. O abril de 2020 a dezembro de 2021 foi considerado como Período Pandêmico. Foram estimados o valor de p, obtido por meio do por meio do T-teste Student. Para tanto, empregou-se o pacote estatístico STATA-14.

Resultados

No período pré-pandêmico, foram registrados um total de 788 óbitos por doenças do aparelho circulatório em uma população de 251.952 habitantes o que equivale ao coeficiente de 313 óbitos a cada 100.000 habitantes (μ:45,97; DP±4,95). Por outro lado, no período pandêmico , a região computou um total de 642 óbitos em uma população de 209.296 habitantes o equivalente a 307 óbitos a cada 100.000 habitantes (μ:43,89; DP±8,16) p≥0,05. Ao se avaliar valores referentes à AIH, verificou-se um total de 6782 (μ:968,857; DP±106,65) no período pré-pandêmico e 5155 (μ:736,428; DP±102,79) durante o período pandêmico p<0,05. Em relação ao tempo de internamento em dias, totalizaram 35.034 (μ:5004,857; DP±514,22) dias no período anterior à pandemia por COVID-19 e 31.010 (μ:4430; DP±620,94) dias durante a pandemia p<0,05.

Conclusões

Com esses resultados, houve indícios de que as doenças cardiovasculares não se agravaram durante o período de pandemia, no entanto, estudos primários devem ser realizados para elevar a qualidade da evidência sobre a questão.