Congresso N-NE de Cardiologia 2023

Dados do Trabalho


Título

STRAIN MIOCÁRDICO REDUZIDO EM PACIENTES NA FASE AGUDA E PÓS-AGUDA DA DOENÇA DE CHAGAS

Introdução

Nas últimas décadas vem ocorrendo aumento do número de casos de doença de Chagas aguda (DCA), principalmente na região Amazônica. A maioria dos pacientes tem boa evolução, inclusive com poucas alterações eletro e ecocardiográficas. No entanto, não existem estudos demonstrando avaliação com strain miocárdico (SM) que é uma tecnologia que avalia a deformidade miocárdica e pode detectar alterações incipientes cardíacas.

Métodos

Este estudo avaliou os achados ecocardiográficos, incluindo a avaliação com SM, em 25 pacientes na fase pré-tratamento da DCA e com reavaliação 6 meses a 1 ano após o término do tratamento, comparando também com um grupo controle de 25 indivíduos saudáveis.

Resultados

A média de idade do grupo com DCA foi de 44,2 ± 19,9 anos, sendo mais frequente o sexo feminino (56%) e a média de idade foi de 45,2 ± 11,8 anos, sendo mais frequente o sexo feminino (58%). A maioria dos pacientes do grupo DCA havia sido infectada por transmissão oral (80%). O eletrocardiograma era normal na maioria dos pacientes (62%). Ao ecocardiograma, apenas um paciente apresentou redução da fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) para 45% e com melhora após o tratamento etiológico para 69%. As tabelas 1, 2 e 3 demonstram as comparações das medidas ecocardiográficas entre os grupos pré-tratamento, pós-tratamento e grupo controle. Foi observada uma redução no Strain Global Longitudinal (SGL) no grupo pré-tratamento em comparação com o grupo controle (p=0,04). Na comparação entre os pacientes na fase pós-tratamento com o grupo controle não houve significância estatística (p=0,06).

Conclusões

A maioria dos pacientes na fase aguda da doença de Chagas apresentam boa evolução clínica e poucas alterações eletro e ecocardiográficas. No entanto, na avaliação mais detalhada através do strain miocárdico, observa-se redução estatisticamente significativa na fase pré-tratamento e valores menores, porém sem significância estatística, na fase pós-tratamento, quando comparados com o grupo controle. Estes achados sugerem a necessidade de estudos longitudinais para a melhor caracterização deste quadro.

Arquivos

Área

Medicina

Instituições

Universidade do Estado do Amazonas - Amazonas - Brasil, Universidade Nilton Lins - UNL - Amazonas - Brasil

Autores

Andreza Araújo de Oliveira, Maria Eduarda da Silva da Silva Corrêa , Maria Helena Costa de Vasconcelos, Sérgio de Luna Silva Júnior, Jessica Vanina Ortiz Ortiz, Débora Raissa Sousa, Matheus Martins Monteiro, Mônica Regina Hosannah da Silva Silva, Maria das Graças Vale Barbosa, Jorge Augusto de Oliveira Guerra, Kátia do Nascimento Couceiro, João Marcos Bemfica Barbosa