Dados do Trabalho
Título
Cardiopatias na faixa etária de 0 a 9 anos no estado de Sergipe de 2017 a 2022: Um estudo retrospectivo com análise de internações e taxa de mortalidade
Introdução
Conforme dados do Ministério de Saúde, em torno de trinta mil crianças nascem com cardiopatia no Brasil, o que desencadeia importante causa de morbidade e mortalidade na infância. As manifestações das cardiopatias podem surgir em diferentes momentos de vida: bebês apresentam pontas dos dedos e língua arroxeados, cansaço excessivo, dificuldade em ganhar peso, irritação e choro; já em crianças nota-se também taquicardia e desmaio. Logo, é de suma importância compreender o impacto dessas cardiopatias em Sergipe. O objetivo desse trabalho é analisar internações e taxa de mortalidade por cardiopatias em crianças de até 9 anos, no intervalo de tempo de 2017 a 2022, no estado de Sergipe.
Métodos
O trabalho consiste em um estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo. Assim, foi realizada uma análise das internações e da taxa de mortalidade por cardiopatias de 0 a 9 anos de idade no estado de Sergipe, de 2017 a 2022, utilizando a base de dados DATASUS, a partir do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Desse modo, foram incluídos episódios por doença reumática crônica do coração, Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), outras doenças isquêmicas do coração, transtornos de condução e arritmias cardíacas, Insuficiência Cardíaca (IC) e outras doenças do coração. Foram excluídos dados de diagnósticos voltados a episódios vasculares, como aterosclerose, doenças cerebrovasculares e hipertensão.
Resultados
Dentro do período de 2017 a 2022, 258 internações por cardiopatias foram registradas, dentre essas quase 57% corresponderam a lactentes menores de 1 ano, o que pode estar relacionado a manifestações mais precoces de cardiopatias congênitas. Quanto ao diagnóstico das cardiopatias, o cenário é diferente em cada subgrupo de faixa etária. Aos menores de 1 ano, IC foi o principal diagnóstico (69 casos), de 1 a 4 anos, transtornos de condução e arritmias cardíacas foi o quadro mais incidente (26 casos), já de 5 a 9 anos, o tópico outras doenças do coração teve maior índice (16 casos). Em comum a esses subgrupos, a taxa de mortalidade foi maior em diagnósticos de IC, a qual atingiu 50% em crianças de 5 a 9 anos. Dessa forma, independente da causa da IC, o seu diagnóstico é o mais associado à mortalidade em crianças.
Conclusões
É fundamental que medidas sejam tomadas para estabelecer um diagnóstico efetivo e precoce de cardiopatias em crianças, a fim de atenuar o número de internações e a taxa de mortalidade, principalmente naquelas maiores de 5 anos.
Área
Medicina
Instituições
Centro Universitário Tiradentes AL - UNIT AL - Alagoas - Brasil
Autores
Layla Sampaio Barreto, Eclésio Batista de Oliveira Neto, Anne Oliveira Gama, Esther Mendonça dos Santos, Jaim Simões de Oliveira