Congresso N-NE de Cardiologia 2023

Dados do Trabalho


Título

DISLIPIDEMIA COMO FATOR PREDITOR DE ISQUEMIA MIOCÁRDICA EM PACIENTES TABAGISTAS

Introdução

A ecocardiografia sob estresse físico (EEF) é uma metodologia indicada para diagnosticar e estratificar isquemia miocárdica. Sabe-se que o hábito de fumar é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. No entanto, o tabagismo, raramente, atua como um fator de risco isolado, sendo associado a outros fatores. O objetivo desse estudo é avaliar as distribuições de fatores associados à isquemia miocárdica induzida em pacientes tabagistas submetidos à EEF.

Métodos

Estudo transversal e analítico com base em um registro de EEF. Utilizou-se para tabulação dos dados e análise estatística o software IBM SPSS Statistics versão 22.0. Realizou-se uma análise de clusters para avaliar as variáveis capazes de discriminar os indivíduos em grupos quanto ao tabagismo. Para a discriminação da contribuição de cada variável nos clusters, utilizaram-se os preditores de importância, em probabilidade variando de 0 a 1, sendo 1 referente a maior relevância dentro do agrupamento. Nível de significância adotado foi de 5%.

Resultados

A amostra incluiu 355 pacientes tabagistas com idade média de 58,5±9,1 anos, 185 do sexo masculino (52,1%), isquêmicos (21,1%), hipertensos (59,6%), dislipidêmicos (51,9%), diabéticos (20,9%), com antecedentes familiares para doenças cardiovasculares (50,3%), sintomáticos (59,1%), sedentários (43,5%) e obesos (27,6%). Os preditores de importância mais relevantes pela análise de cluster foram: hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, diabetes, sexo, obesidade, sintomas prévios, antecedentes familiares de doença cardiovascular, sedentarismo, idade. Foram estratificados 6 grupos: o grupo 5 com maior frequência de isquemia (74,5%), dislipidemia (70,3%), sintomáticos (68,1%), HAS (42,6%); o grupo 4 com menor frequência de isquemia (2,2%), dislipidemia (48,9%), maior frequência de sintomáticos (100%), HAS (68,9%), sedentários (62,2%) e dislipidemia (48,9%).

Conclusões

As variáveis foram capazes de discriminar os grupos em diferentes prevalências de isquemia e distribuição dos fatores de risco, sugerindo uma ferramenta adequada para uma possível estratificação de conduta. Dislipidemia em tabagistas foi associado a alta frequência de isquemia.

Área

Medicina

Instituições

Hospital Primavera - Sergipe - Brasil, Rede D'or São Luiz - Sergipe - Brasil, Universidade Federal de Sergipe - Sergipe - Brasil

Autores

Beatriz Carolina de Araujo Pereira, Pedro Lucas Cardozo Barros, Rafael Alves da Cruz Luz, Layla Raíssa Dantas Souza, Jade Soares Dória, Ana Flávia Silveira de Souza, Bianca Holz Vieira, Antonio Carlos Sobral Sousa , Iana Carine Machado Bispo, Stephanie Macedo Andrade, Enaldo Vieira de Melo, Joselina Luzia Menezes Oliveira